Vacinas Disponíveis
Guerra, J. U. 2018

Aqui você vai encontrar um apanhado referente às vacinas disponíveis no Calendário de Vacinação. as informações mais completas você pode encontrar no site da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Lá tem todas as atualizações e notícias sobre a imunização a nível nacional. Vou deixar aqui o link da página inicial da SBIm para que você possa acessar: https://sbim.org.br/
BCG (Bacilo Calmette-Guérin) - é uma atenuação do Mycobacterium bovis, glutamato de sódio e a solução fisiológica (soro a 0,9%) e previne a evolução de quadros de infecção pelo Mycobacterium tuberculosis principalmente em suas formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo). A recomendação da SBIM é que seja ministrada em dose única intradérmica ao nascimento, com aplicação podendo ser efetuada até os 4 a 5 anos de idade em casos em que não for administrada dentro dos critérios padrão estabelecidos.
Hepatite B (DNA recombinante)- são proteínas do envelope viral (HBsAg), assim a imunização é feita com o chamado “vírus inativo”, hidróxido de alumínio, cloreto de sódio e água para injeção. Pode conter fosfato de sódio, fosfato de potássio e borato de sódio.. É administrada em três doses intramusculares. O PNI (Programa Nacional de Imunizações), a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) e a SBIm recomendam três doses com intervalo de um mês entre primeira e a segunda e de cinco meses da segunda para a terceira, sendo a primeira ao nascer, a segunda com dois meses e a terceira com seis meses de idade, podendo haver imunização em três doses em qualquer momento durante a vida caso alguma dose não seja tomada dentro do limite de tempo estipulado para imunização. Pode ser usada a vacina hepatite B isolada ou, para as doses dos 2, 4 e 6 meses de idade, na apresentação combinada a outras vacinas (vacina DTPw-HB/Hib).
Rotavírus - podem ser usadas a Vacina oral monovalente (VRH1) contém um tipo de rotavírus vivo atenuado, sacarose, adipatodissódico, meio Eagle modificado Dulbecco (DMEM) e água estéril ou a Vacina oral atenuada pentavalente (VR5), que é composta por cinco tipos de rotavírus vivos atenuados, sacarose, citrato de sódio, fosfato de sódio monobásico monoidratado, hidróxido de sódio, polissorbato 80, meios de cultura e traços de soro fetal bovino. O SUS disponibiliza o VRH1 no calendário básico de imunização. É administrada em duas doses por via oral, sendo uma dose aos dois e outra aos quatro meses de idade. A idade máxima para começar a vacinação é 3 meses e 15 dias. Se houver atraso, a imunização não poderá ser feita. Da mesma forma, a idade máxima para a última dose é 7 meses e 29 dias.
DTPa, DTPw, dTpa - previnem contra difteria, tétano e coqueluche e todas as apresentações são com a vacina inativa. A DTPa contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), e componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), sal de alumínio como adjuvante, fenoxietanol, cloreto de sódio, e água para injeção. A DTPw também é inativa e contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças); bactéria morta da coqueluche (Bordetella pertussis); sal de alumínio como adjuvante, cloreto de sódio, e água para injeção. A dTpa contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), e componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), sal de alumínio como adjuvante, fenoxietanol, cloreto de sódio e água para injeção, sendo que a quantidade de toxoide diftérico e de componentes pertussis é menor que na vacina infantil (DTPa). Pelo SUS, a imunização no calendário padrão é feita em três doses intramusculares, preferencialmente com a DTPw, sendo administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade, na apresentação combinada com as vacinas Hib e hepatite B. A vacina DTPw isolada (não combinada a outras vacinas) é usada na rede pública para os reforços do segundo ano de vida e dos 4 anos de idade. A DTPa é utilizada em casos de reação adversa, hipersensibilidade ou risco aumentado de eventos graves caso seja feito uso da DTPw ou DTPw-HB/Hib. As DTPa, DTPw, DTPw-HB/Hib são administradas até os 7 anos de idade. Depois dessa faixa é utilizada apenas a dTpa, que também pode ser administrada à partir dos 3 anos de idade e como dose de reforço aos 4-5 anos, e também em casos de adolescentes e adultos que não tomaram ou sem registro de três doses de vacina contendo o toxoide tetânico anteriormente, recomenda-se uma dose de dTpa seguida de duas ou três doses da dT.
dT - previne contra difteria e tétano. Contém toxoides diftérico e tetânico, derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças; tem o sal de alumínio como adjuvante, cloreto de sódio, e água para injeção. É indicada para uso em pessoas à partir dos 7 anos de idade, com reforços a cada dez anos recomendados para difteria e tétano. Quando desejada, a prevenção da coqueluche deve ser substituída pela tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa). A administração é intramuscular sendo uma dose a cada dez anos a partir dos 14 anos de idade.
VIP - previne contra a poliomielite. Pode ser Vacina Oral Poliomielite (VOP), que é uma vacina oral atenuada bivalente, ou seja, composta pelos vírus da pólio tipos 1 e 3, vivos, mas “enfraquecidos”. Contém ainda cloreto de magnésio, estreptomicina, eritromicina, polissorbato 80, L-arginina e água destilada, ou Vacina Inativada Poliomielite (VIP), que por ser inativada, não tem como causar a doença. É uma vacina trivalente e injetável, composta por partículas dos vírus da pólio tipos 1, 2 e 3. Contém ainda 2-fenoxietanol, polissorbato 80, formaldeído, meio Hanks 199, ácido clorídrico ou hidróxido de sódio. Pode conter traços de neomicina, estreptomicina e polimixina B, utilizados durante a produção. A imunização contra a poliomielite deve ser iniciada a partir dos 2 meses de vida, com mais duas doses aos 4 e 6 meses, além dos reforços entre 15 e 18 meses e aos 5 anos de idade. A VIP é usada na rotina de vacinação infantil: aos 2, 4 e 6 meses, com reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 e 5 anos de idade. Na rede pública as doses, a partir de um ano de idade, são feitas com VOP, que na rotina de vacinação infantil nas Unidades Básicas de Saúde, é aplicada uma dose aos 15 meses e aos 4 anos de idade, na rotina e em campanhas de vacinação para crianças de 1 a 4 anos. Sendo a VOP de administração oral e a VIP intramuscular.
HIb - Haemophilus influenzae tipo b, principalmente meningite, composta de pó liofilizado com polissacarídeo da cápsula da bactéria Haemophilus influenzae tipo b (Hib) conjugado com toxoide tetânico, lactose, cloreto de sódio, água para injeção. As apresentações multidose contêm fenol. Na vacina disponível na rede pública há timerosal (derivado do mercúrio). O SUS faz uso de três doses, com uma quarta dose em reforço, sendo aos 2, 4 e 6 meses de idade e uma quarta dose (reforço) entre 12 e 18 meses, em especial para crianças vacinadas com a vacina DTPa.
VPC10 ou VPC13 - A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) previne cerca de 70% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por dez sorotipos de pneumococos, é composta de dez sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo), oito deles conjugados com a proteína D do Haemophilus influenzae tipo b, um com o toxoide tetânico e outro com toxoide diftérico. Contém também cloreto de sódio, fosfato de alumínio e água para injeção. A vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos e é composta de 13 sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo) conjugados com a proteína CRM197. Contém também sais de alumínio, cloreto de sódio, ácido succínico, polissorbato 80 e água para injeção. O Programa Nacional de Vacinação passou a adotar, em 2016, na rotina de vacinação infantil, duas doses com intervalo mínimo de 2 meses no primeiro ano de vida e uma dose de reforço aos 12 meses de idade por administração intramuscular. A recomendação é a vacinação infantil de rotina aos 2, 4 e 6 meses de vida e reforço entre 12 e 15 meses. Crianças que começam a vacinação com atraso, após os 6 meses de vida, precisam que seus esquemas sejam adaptados de acordo com a idade de início. A SBP e a SBIm recomendam que se a criança foi vacinada com a VPC10, se beneficia da proteção de uma dose adicional da VPC13, administrada dois meses após a última VPC10. Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos com doenças crônicas que justifiquem a vacinação e ainda não vacinados: dose única. Em algumas situações, duas doses com intervalo de dois meses podem estar indicadas.
Meningocócica(C ou ACWY) - A meningocócita C previne doenças causadas pelo meningococo C, incluindo meningite e meningococcemia, contém antígeno formado por componente da cápsula da bactéria (oligossacarídeo) do sorogrupo C conjugado a uma proteína que, dependendo do fabricante, pode ser o toxoide tetânico ou o mutante atóxico da toxina diftérica, chamado CRM 197. Contém também adjuvante hidróxido de alumínio, manitol, fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico heptaidratado, cloreto de sódio e água para injeção. A Meningocócita ACWY previne meningites e infecções generalizadas causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y e contém antígeno formado por componentes das cápsulas das bactérias (oligossacarídeos) dos sorogrupos A, C, W e Y conjugados a uma proteína que, dependendo do fabricante, pode ser o toxoide tetânico ou o mutante atóxico da toxina diftérica, chamado CRM-197. Pode conter também sacarose; trometamol; fosfato de potássio diidrogenado; sacarose; cloreto de sódio; fosfato de sódio diidrogenado monoidratado; fosfato dissódico hidrogenado diidratado; cloreto de sódio e água para injeção. A recomendação é três doses no primeiro ano de vida e três doses de reforço via intramuscular, no caso da ACWY é intramuscular profunda, sendo as doses aplicadas aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses (podendo ser aplicado até os 4 anos). e reforços entre 5 e 6 e aos 11 anos de idade.
Meningocócica B - previne meningites e infecções generalizadas causadas pela bactéria meningococo do tipo B e é composta por quatro componentes, três proteínas subcapsulares e a membrana externa do meningococo B, hidróxido de alumínio, cloreto de sódio, histidina, sacarose e água para injeção. Podem existir traços de canamicina, antibiótico usado no processo de cultivo da bactéria vacinal, para evitar contaminação. A recomendação é três doses mais três doses de reforço, via intramuscular, sendo as doses aplicadas aos 3, 5 e 6 meses, primeiro reforço entre 12 e 15 meses e segundo e terceiro reforços aplicados à partir dos 4 anos com um intervalo de dois meses entre as doses.
Influenza (gripe) - previne a infecção pelo vírus influenza da cepa presente na vacina e Sua formulação contém proteínas de diferentes cepas do vírus Influenza definidas ano a ano conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que realiza a vigilância nos hemisférios Norte e Sul. As cepas vacinais são cultivadas em ovos embrionados de galinha e, por isso, as vacinas contêm traços de proteínas do ovo. Existe vacina trivalente, com duas cepas de vírus A e uma cepa de vírus B, e vacina quadrivalente, com duas cepas de vírus A e duas cepas de vírus B. Quando a apresentação é monodose, ou seja, em seringas prontas com doses individuais, a vacina não contém conservantes. Já a apresentação multidose, como acontece com outras vacinas, contém timerosal (derivado do mercúrio) como conservante. Podem conter traços de formaldeído e antibióticos (geralmente gentamicina ou neomicina), utilizados durante a fabricação para prevenir contaminação por germes. Também contém cloreto de sódio e água para injeção. A recomendação é administração de duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação), com intervalo de um mês e revacinação anual via intramuscular.
Febre amarela - agora retornando ao calendário básico de vacinação nacional por conta da reemergência do vírus, temos disponíveis disponíveis duas vacinas: a produzida por Bio-Manguinhos – Fiocruz, utilizada pela rede pública, e a produzida pela Sanofi Pasteur, utilizada pela rede privada. Ambas são elaboradas a partir de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha. A vacina de Biomanguinhos apresenta em sua formulação a presença de gelatina bovina, eritromicina, canamicina, cloridrato de L-histidina, L-alanina, cloreto de sódio e água para injeção. Já a da Sanofi Pasteur contém: lactose, sorbitol, cloridrato de L-histidina, L-alanina e solução salina.No Brasil estão disponíveis duas vacinas: a produzida por Bio-Manguinhos – Fiocruz, utilizada pela rede pública, e a produzida pela Sanofi Pasteur, utilizada pela rede privada. Ambas são elaboradas a partir de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha. A vacina de Biomanguinhos apresenta em sua formulação a presença de gelatina bovina, eritromicina, canamicina, cloridrato de L-histidina, L-alanina, cloreto de sódio e água para injeção. Já a da Sanofi Pasteur contém: lactose, sorbitol, cloridrato de L-histidina, L-alanina e solução salina. Ambas têm perfil de segurança e eficácia semelhantes (estimada em mais de 95% para maiores de 2 anos). Os estudos para o uso de doses fracionadas, recomendado apenas durante campanhas do Ministério da Saúde, em localidades bem definidas,foram realizados apenas com a vacina de Bio-Manguinhos, portanto não há autorização para a administração de doses fracionadas da vacina da Sanofi Pasteur. A recomendação é administração em dose única à partir dos 9 meses de idade, via subcutânea. A dose fracionada tem vida de 8 anos no organismo e foi implementada como plano de vacinação emergencial pela reemergência do vírus.
SCR - também chamada de tríplice viral, previne contra sarampo, caxumba e rubéola. Trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” do sarampo, da rubéola e da caxumba; aminoácidos; albumina humana; sulfato de neomicina; sorbitol e gelatina. Contém também traços de proteína do ovo de galinha usado no processo de fabricação da vacina. No Brasil, uma das vacinas utilizadas na rede pública contém traços de lactoalbumina (proteína do leite de vaca).A recomendação é administração em duas doses, via subcutânea, sendo uma aos 12 meses e a segunda quando a criança tiver entre 1 ano e 3 meses e 2 anos de idade, junto com a vacina varicela, podendo ser usadas as vacinas separadas (SCR e varicela) ou a combinada (tetraviral: SCR-V).
Varicela - previne contra a catapora, tratando-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” da varicela, além de gelatina, traços de neomicina, água para injeção. Não contém traços de proteína do ovo de galinha. A recomendação é de administração em dose única via subcutânea. No SUS vem na apresentação SCR-V, aplicada nas crianças com 15 meses que já tomaram a primeira dose de tríplice viral.
Hepatite A - previne contra a Hepatite A e é composta por antígeno do vírus da hepatite A, sal de alumínio amorfo, estabilizante (varia conforme o fabricante), cloreto de sódio a 0,9%. Pode conter traços de antibiótico (neomicina), fenoxietanol e formaldeído.Na rede privada está disponível a apresentação pediátrica (para uso até 15, 17 ou 19 anos de idade, dependendo do fabricante) e de adultos. A recomendação é administração em duas doses com intervalo de seis meses via intramuscular, sendo as doses aplicadas aos 12 e 18 meses de idade.
HPV - previne contra infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 6,11,16,18. Também previne o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus e verrugas genitais (condiloma). É composta pelas proteínas L1 dos papilomavírus humano (HPV) tipos 6,11,16,18, sulfato de hidroxifosfato de alumínio, cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 80, borato de sódio e água para injeção. A recomendação é para imunização de meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos no esquema de duas doses (0-6 meses), via intramuscular.
Herpes zóster - O herpes zóster, popularmente conhecido como “cobreiro”, e sua principal complicação, a neuropatia pós-herpética, responsável por dor crônica, prolongada, de difícil controle e extremamente debilitante. Composta por vírus vivos atenuados da varicela zóster (VVZ) da cepa Oka/Merck, sacarose, gelatina, ureia, cloreto de sódio, levoglutamato de sódio monoidratado, fosfato de sódio dibásico, fosfato de potássio monobásico, cloreto de potássio, traços de neomicina e de soro de bezerro e água para injeção. Não contém conservantes. Faz parte do calendário de rotina vacinal para idosos (à partir dos 60 anos), sendo administrada em dose única via subcutânea.