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Cromossomos

Guerra, J. U. 2018.

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O DNA armazena toda a informação genética do seres vivos. E durante a intérfase (fase da mitose) ele fica disperso no núcleo da célula junto com outras proteínas e moléculas, e a esse conjunto damos o nome de cromatina.

 

Como uma fita de DNA é muito grande, o organismo solucionou o problema fazendo o empacotamento do DNA, com a ajuda da histona, que é uma das proteínas presentes no núcleo da célula e quando se soma ao DNA, nomeamos o conjunto como nucleossomo.

Como tudo, existem alguns tipos de histona, mas não vou tratar disso aqui, pois o foco é a compreensão do cromossomo, sua estrutura e sua composição básicos. Então vamos trabalhar a imagem mental agora.

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Começamos com uma fita simples de DNA com os nucleotídeos ligados por ligações fosfodiéster (covalentes), sendo lida no sentido 5’-3’, e que essa fita se associa a outra, no sentido 3’-5’ sendo ligadas por duas ou três pontes de hidrogênio. Essa fita vai se associar a uma proteína chamada histona e vai se enrolar nela. A próxima histona vai vir um pouco abaixo da primeira, a próxima virá acima da segunda e assim teremos uma disposição intercalada, semelhante a um ziguezague. A fita vai se condensar, se enovelando mais e mais até formar uma perna do cromossomo.

A perna do cromossomo é chamada de cromatide. E elas são compostas de heterocromatina e eucromatina.

Heterocromatina

é a parte mais condensada da cromatina e contém sequências de DNA que não são codificadas.

Eurocromatina

é a parte menos condensada da cromatina e é geneticamente ativa.

Cromatides irmãs é o nome que damos a duas cromatides idênticas, onde uma das fitas é o resultado da duplicação da outra e elas irão se separar no processo de mitose na fase anáfase. Mas antes, elas estarão juntas, durante a prófase e a telófase, unidas pelo centrômero.

 

Cada cromatide pode ter duas constrições, uma em alguma região do meio da cromatide, em uma área chamada região heterocromática, sendo classificada como constrição primária da cromatide e ponto de união à cromatide irmã (que terá a constrição pela mesma área). A outra constrição será chamada de constrição secundária.

A posição do centrômero permite a classificação em quatro tipos:

 

  • metacêntrico: o centrômero está localizado no meio, formando dois braços com o mesmo tamanho;

 

  • submetacêntricos: o centrômero fica um pouco deslocado da região mediana, formando dois braços de tamanhos desiguais;

 

  • acrocêntricos: o centrômero fica bem perto de uma das extremidades, formando um braço grande e outro muito pequeno;

 

  • telocêntricos: o centrômero fica em uma das extremidades.

Em cada extremidade da cromatide temos o telômero, que são segmentos de DNA responsáveis por manter a estabilidade estrutural do material genético, e ao final de cada divisão celular eles perdem parte de sua estrutura até se tornarem pequenos demais para protegerem os cromossomos e quando isso ocorre, a célula perde sua função ou morre e com isso o organismo vai tendo sua vida reduzida.

 

No organismo humano, nós temos 23 pares de cromossomos homólogos, ou seja, possuímos 46 cromossomos e desses, 2 são cromossomos que definem o gênero do organismo, podendo ser XX (mulher) ou XY (homem). Os nossos pares de cromossomos são chamados de homólogos por serem semelhantes. Vale lembrar que nossas células são diplóides (menos os gametas), por isso nossos cromossomos são pares, homólogos ou bivalentes (você pode encontrar qualquer um desses termos para descrever essa característica). Quando há alguma alteração na quantidade de cromossomos, temos como resultado alguma doença que é classificada como doença genética, podendo ser a monossomia ou trissomia de algum dos pares existentes, mas vou tratar das doenças genéticas em uma outra hora.

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