top of page
Sistema ABO e Rh

Guerra, J. U. 2018.

Teste de sangue

Você sabe que existem diversos tipos sanguíneos, sendo os mais comuns A, B e O. A forma de saber o tipo sanguíneo é na verdade bem simples. Tudo se baseia em antígeno e anticorpo, você consegue entender o básico sobre isso aqui:

Na membrana das hemácias existem proteínas que são chamadas aglutinogênios são esses aglutinogênios que demonstram qual é o tipo sanguíneo da pessoa. Mas não para por aí. O organismo produz anticorpos contra aglutinogênios diferentes daquele que o organismo produz, que ficarão circulando livres pelo sangue em busca dos aglutinogênios que não fazem parte daquele organismo, a esses anticorpos denomina-se aglutininas.

Um dos motivos de haverem anticorpos circulantes no organismo é a alimentação, então sempre que se ingere alguma proteína que tenha fator ABO ou Rh diferente do nosso, o organismo trabalha para neutralizá-lo para que não tenhamos problemas com a nossa saúde (homeostase).

O que define nosso fator sanguíneo é o DNA. Temos dois genes IA e IB. Um terceiro gene, chamado i, condiciona a não produção de aglutinogênios. Trata-se, portanto de um caso de alelos múltiplos. Entre os genes I A e I B há co-dominância (I A= I B), mas cada um deles domina o gene i (I A > i e I B> i). Assim, podemos ter:

Fenótipo A

Genótipo

​

  • IA IA

​

  • IA i

Fenótipo B

Genótipo

​

  • IIB

​

  • Ii

Fenótipo AB

Genótipo

​

  • IA IB

Fenótipo O

Genótipo

​

  • i i

​

​​

Assim sendo, podemos ter a seguinte representação no organismo:

 

  • Grupo A - Antígeno A, Aglutinina anti-B

​

  • Grupo B - Antígeno B, Aglutinina anti-A

​

  • Grupo AB - Antígeno A e antígeno B, sem aglutinina

​

  • Grupo O - Sem antígeno, aglutinina anti-A e aglutinina anti-B

Sobre o fator Rh (que recebeu esse nome por causa do macaco Rhesus, que foi a cobaia da pesquisa onde foi identificado o antígeno) é resultante de 3 alelos (C, D e E) presentes em um cromossomo, sendo o par de alelos D o responsável pelo fator de aglutinação, podendo ser utilizados os termos antígeno D ou aglutinogênio D e anticorpo anti-D ou aglutinina anti-D. Pode ser classificado como fator Rh é de herança  monogênica, sendo a presença do antígeno Rh condicionada a um alelo dominante (R) e a ausência por alelos recessivos ( r). Assim temos:

Grupo Rh+  

​

Genótipo RR ou Rr 

Antígeno Rh: presente

Grupo Rh-

​

Genótipo rr

Antígeno Rh: ausente

Esse conhecimento é importante tanto para casos de transfusão de sangue quanto para a gestação, pois pode resultar em uma doença para o bebê chamada: Doença Hemolítica do recém-nascido ou eritroblastose fetal. Ocorre quando temos uma gestante com fator Rh recessivo (negativo) e o bebê com fator Rh dominante (positivo). Conhecida como eritroblastose fetal, a doença ocorre por haver uma sensibilização prévia da gestante ao fator Rh positivo, assim, seu corpo produz anticorpos contra o sangue do feto caso haja passagem de sangue fetal para a circulação da mãe, que deve receber gamaglobulina anti-Rh, que terá a função de extinguir as hemácias do feto que passaram para sua circulação. Essa doença faz o feto produzir um maior número eritroblastos, hemácias nucleadas e imaturas, que são lançados à corrente sanguínea para suprir aquelas hemolisadas (quebradas, destruídas), daí o nome eritroblastose fetal, e pode causar a morte do bebê durante a gravidez ou após o parto. Em casos extremos em que não há morte da criança, poderão ocorrer lesões no sistema nervoso, acarretando numa paralisia, deficiência mental, surdez, etc. O filho provavelmente nascerá ictérico, devido à bilirrubina excessiva na corrente sanguínea, um pigmento oriundo da quebra de hemácias.

Cadastre-se

©2018 by Biomedicando. Proudly created with Wix.com

  • facebook
bottom of page